Autor: Mariana Scarazzatti
Disclaimer: Tokio Hotel não lhe pertence, acontecimentos e locais sim.
Sinopse: O que aconteceria se, no mais belo momento de sua vida, a cegueira lhe batesse na porta? Leia e descubra.
Censura: 14+
Sentada no quarto, na escrivaninha. Sentia a leve brisa de ar vinda de minha janela, era um dia quente de verão em Los Angeles, assim como a maioria deles. Aqui as famílias procuram sair de casa e passear para aproveitar o Sol, mas comigo costumava ser um pouco diferente.
Genero: Romance.
Terminada: sim [ x ] não [ x ]
Quantidade de capitulos: ainda não determinado.
Notas finais do autor: Heterosexualidade, insinuação de sexo.
Terminada: sim [ x ] não [ x ]
Quantidade de capitulos: ainda não determinado.
Notas finais do autor: Heterosexualidade, insinuação de sexo.
Sentada no quarto, na escrivaninha. Sentia a leve brisa de ar vinda de minha janela, era um dia quente de verão em Los Angeles, assim como a maioria deles. Aqui as famílias procuram sair de casa e passear para aproveitar o Sol, mas comigo costumava ser um pouco diferente.
Eu não sou como as outras pessoas, quem dera ter nascido assim, pelo menos não sentiria falta de como a minha vida era antes. Meus pais não eram lá muito presentes. Desde o início nunca foram. Costumam trabalhar muito em uma cidade aqui perto e constantemente viajam para outros países, ambos eram empresários, faziam um bom trabalho juntos. A 'babá' que contrataram para cuidar de mim de nada servia, afinal eu sabia me virar bem sozinha, mas com certeza, sentia falta de muita coisa.
Depois de perder a visão aos 16 anos, minha vida mudou completamente, perdi a vontade de fazer muitas coisas que antes fazia, ahh... quem dera eu ainda pudesse ver aquele lindo rosto... Seria um sonho. Meus amigos? Só os verdadeiros permaneceram e mesmo assim não me visitam com frequência, tive que parar os estudos depois da minha nada esperada cegueira, o local que eu mais os via era na escola, por tanto... Minha vida social foi pro espaço.
Eu era uma garota ativa, relativamente falando... Não gostava muito de ficar em casa, mas devido a esse meu probleminha, tudo se tornou mais difícil. Me levantei e com um pouco de dificuldade, fui até a sala e chamei a minha 'babá'. Queria dar uma volta pela praça que havia em frente a minha casa, não poderia perder um dia como esse.
-Pode me levar até a praça? Depois me viro para voltar...
-Você tem cert...
-Vamos logo!
Sem mais nem menos, ela generosamente me levou até a praça, mas algumas vezes eu desejava ficar realmente sozinha...
-Porque ainda está aqui?
-Como...
-Eu sei me cuidar, tenho 19 anos!
-Tudo bem, volto mais tarde.
-Ótimo.
De certa forma a companhia dela não me fazia bem, não que eu não gostasse dela, mas a função dela era exatamente essa: Tirar a minha liberdade, a pouca que eu ainda tinha!
Não podia ver o quão bonito estava aquele dia, mas a luz do sol era bem forte, isso ainda podia perceber, estava razoavelmente quente o dia, bem agradável.
De repente, escuto vozes ao longe, não conseguia entender o que este ser louco dizia pois com certeza não era americano! Mas tentei captar alguma coisa, mas foi em vão... Nessa loucura toda sinto pequenas fungadas em minhas mãos, logo depois lambidas e percebi que era um cachorro, passei a mão pelo seu rosto e pescoço e logo o reconheci! Pena não sabia seu nome.
-Olá, cachorrinho você está bem? Cadê seu dono?
-Olá, me desculpe o encomodo... Este cachorro é uma peste - Disse o garoto entre risos - mais uma vez escapou da coleira.
-É mesmo?
-É... ahn, me desculpe, até mais
-Hey, não quer conversar? Eu conheço seu cachorro.
O garoto pensou "Perai! Ela conhece meu CACHORRO e não ME reconheceu?!" e disse - A claro...
-Desculpe a indelicadeza, mas é que todas as vezes que passo em frente a sua casa, ele está no portão e começa a latir, então faço carinho nele, você mora na rua West Hollywood, certo?
-Ah, exatamente!
-Ah sim, eu moro na rua de trás, prazer.
-Prazer é todo meu, qual seu nome?
-Anne, e você?
-Bill Kaulitz.
Uma sensação de euforia tomou conta de mim, minhas mãos ficaram geladas, provavelmente devo ter ficado pálida, em completo estado de choque.
-Bi-Bill Kaulitz?! Do Tokio Hotel?!!
-Sim, sou eu - disse ele dando uma leve e L-I-N-D-A gargalhada.
-Eu não acredito! Eu não acredito! - Cai em lágrimas, não sabia se estava alegre ou triste, como assim era Bill Kaulitz?! Em Los Angeles?! Confesso que depois do meu acidente me desconectei completamente de notícias relacionadas à banda, pois não queria mais sofrer, e agora ele estava pela primeira vez na minha frente e eu não posso vê-lo?! Não podia ser real.
-Senhorita, por favor não chore! Olhe para mim.
-Eu não posso! - Disse colocando a mão no rosto.
Ele riu e disse - Mas é claro que não, suas mãos estão em seu rosto, vamos... Aposto que fica mais bonita com um sorriso.
Eu não pude deixar de me derreter por dentro e aos poucos fui tirando as mãos do rosto e enxugando as lágrimas. - Me desculpe. - Disse com cabeça baixa.
-Ei, olhe para mim...
-Já disse que não posso!
-Mas porque? Está com vergonha de mim?
-Não... Não é isso.
-Então me diga o que é - Disse ele colocando suavemente suas mãos em meu ombro.
-Eu... Não posso te ver.
-Como assim?
-Eu... sou cega - Disse ela numa tentativa inútil de encará-lo.
Bill observou seus olhos, eram cor de mel, lindos por sinal - Seus muito olhos são bonitos, sabia?
-Obrigada, mas não posso ficar aqui de papo com você. - Disse novamente olhando para baixo.
-Por favor, não vejo nenhum problema em você, vamos apenas conversar.
-Você não entende, por favor me deixe em paz!
Num ato rápido, Bill se despediu da menina em um único e simples "tchau" e nada mais, seguiu em frente como se nada tivesse ocorrido, mas ele realmente gostaria de conhecê-la melhor.
Eu estava inconsolada, em 10 minutos apos o ocorrido, minha babá veio me buscar e me levou para casa, tomei um bom banho e me tranquei no quarto, só conseguia chorar, milhares de lembranças e pensamentos me vinham a cabeça, porque isso tudo tinha que acontecer?! Eu realmente não merecia isso.
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